Caídos

Na procura da sobriedade
A primeira lição vem com maldade
Na busca do ouro
A primeira advertência é igual ao tesouro
Na fundura de um poço
O desgosto parece remédio que cura
Na altura da morte
O amor só encontra sinais de desilusão
Mas em todos os casos e relatos
Nas perdidas e sofridas
As coitadas e maldormidas
São, feitas e aceitas pelos mais fracos
Pois é um frasco, e tem custo diário
De ser mais cheiroso que a podridão da carne
E ainda aliviar as mágoas dos de bom
E na sucinta marca do alguém, querer o bem não basta!
Nem se pudesse compartilhar, iria embora sem deixar
A vida do vinho curtida no ultimo andar
Que na janela perdida pelos inquilinos hão de ficar
Pois agora já beira, os campos floridos do térreo andar!
Jasmins, rosas e copos-de-leite regados pela sua cabeça que está á sangrar
Corpo ferido, banido e caído do décimo quinto andar!
Relatos de anjos caídos - Tiago Evo

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