O Prêmio!
Quem não gostaria de sortear sua ingratidão?
E dar de bom agrado o seu maldito pão
Em obras inconstantes e em fatos intermitentes
Sem suor e sem lazer, trazer ao são
Mas se diz livre e não é
Faz-se de louco e não é
Mergulhar em lama sem sujar o pé
Nada em uma água ardente de uma quarta qualquer
Foge de um vinho que vinha de um vinhedo qualquer
Sobe na mesa que vira a mesma de um homem qualquer
Luta em uma jaula que o luto priva um sentimento qualquer
Se diz altivo, omisso e solene
Além do disposto descaso descompromissado
Sortido e ferido no alpendre
Sem questionamentos redundantes e sem respostas diretas
A vida é a insignificância de uma linha reta
Que através
de um espinho se faz a luz
E iluminando a bestialidade oligofrênica
Pari naturalmente um ser que não é natural
Ódio sentimental e Paixão calculada
Filhos de um conjunto indecente de escolhas
Sujos largados e no descontrole
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