Nada mais real.

Viver a ilusão te trará grande frustração
Ao perceber que sua sanidade será consumida por tais aspirações irreais

Mas viver a pura realidade também lhe trará o mesmo resultado
Pois, igual a todo coitado, somos um mesmo resultadoLidamos com simples aspirações utópicas ou céticas
Comemos e dormimos
Falamos e sorrimos
Sentimos e sofremos 
Mentimos e morremos


O velho jogo de encenações
O velho mundo das aspirações
Onde eu não posso ser o que quero
Eu só posso ser, até quando o saldo aguentar


Nada mais real e mais sincero do que os cifrões


Dando preço a tudo e a todos
Motivando os que nada tem
Matando os que tem em demasia


Se caso lhe for mister

Apresente suas credenciais
De besta vendida 
Em outros carnavais


Recitando alguns hinosVomitando algumas marchas
E saudando os velhos generais


Pois são porcos iguais a ti
Compartilham o mesmo chiqueiro
Se vestem com as mesmas marcasFétidos e arrogantes

Filhos de loucos romances
A heresia por eles praticada
Tomou proporções homéricas

Mas foi fundada por um algozSempre aquele verme escondido 
E sem voz
Sempre acometido por um
Atroz, mas que ainda contundente

Infelizmente, mente e não sente

Que em sua desgraça moral
Há bem mais que ódio guardado

Tem muitos pedaço e tantos retalhos

De um quarto, meio, arrumado
Sujo, subjugado e conjugadoBranco, vermelho, amadoForte, tranquilo, trancado


Se perde entre os pensamentos e não mais sabe dizer se ainda vive o momento ou se espera a morte
Vive por dentro, pois é forte como o tempo que passa sem demorar
Morre lá fora, pois é lá que espera encontrar, aquilo que veio buscar


No returning point!

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